política e carnaval

Categoria: Sem categoria

Pular carnaval também é um ato político

Não é de hoje que manifestações culturais possuem um viés político e ideológico nesse país (que o atual presidente não nos ouça).

Esse movimento já acontece nas periferias com o rap e com funk, por exemplo. O próprio samba batuca os seus versos políticos há muito tempo também. Ou seja, é quase impossível “despolitizar” qualquer evento cultural seja ele voltado à música, ao cinema, ou até mesmo quando falamos de blocos de carnaval.  

E sobre os blocos de carnaval em São Paulo, e ao redor do Brasil, notamos que: muitos nasceram para dar voz às lutas feministas, negras, LGBTQI+, entre outras. É democrático ocupar as ruas, espaço público que é do povo por direito, e o carnaval tem esse poder de arrastar as multidões e passar o recado.

A gente entende que o carnaval é um momento de extravasar, de sair de casa com roupas exuberantes (ou como quisermos), de usar fantasias e adereços que nos unem, sempre com o cuidado de não sermos preconceituosos (fiquemos atentos!). Somos tomados pelas marchinhas e as músicas dos blocos que escolhemos para pular.

Estar nas ruas, ocupar o espaço público, com consciência, lixo no lixo, respeito a todos, sem assédio e em harmonia é um ato político. É quase um grito de “chega!” em meio a exaustão política que se arrasta pelos últimos anos.

Parafraseando Caetano Veloso, em Vaca Profana: “derramem ‘glitter bom’ na minha cara, e o ‘glitter mau’ na cara dos caretas! 

PS: O plantão recheado informa: se você não curte o momento glitter, suor e blocos de carnaval, tudo bem. Se joga no seu carnaval e à sua maneira. Democracia sempre, companheirxs!